terça-feira, 28 de junho de 2011

Dilma Rousseff e o Linfoma

     Em abril de 2009, a presidenta brasileira, então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff foi diagnosticada com um gênero de câncer denominado Linfoma. Linfoma é o termo usado para designar os tumores cancerígenos no sistema linfático, formado por vasos finos e gânglios (linfonodos) que atuam na defesa do organismo levando nutrientes e água às células e retirando resíduos e bactérias.
    Os linfomas são subdivididos em duas categorias principais: 

-Linfoma de Hodgkin (LH) 

-Linfoma Não-Hodgkin (LNH).

    "A Doença de Hodgkin surge quando um linfócito (mais freqüentemente um linfócito B) se transforma de uma célula normal em uma célula maligna, capaz de crescer descontroladamente e disseminar-se [..]. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas (também chamadas de clones).  Na Doença de Hodgkin, os tumores disseminam-se de um grupo de linfonodos para outros grupos de linfonodos através dos vasos linfáticos. O local mais comum de envolvimento é o tórax, região também denominada mediastino."¹

    Os LH são,em geral, caracterizados pela perda substancial das características de suas células-mãe, ao contrário dos LNH que as mantêm em sua maioria. Além de apresentarem as vias de sinalização comum as células B (como NF-κB, jak–Stat e PI3K), as células HRS apresentam suas vias de sinalização que não são ativas em células B normais, fato que não ocorre em células de LNH. 

Visualização geral das vias interconexas que envolvem as células HRS.

     O Linfoma adquirdo pela presidenta, então ministra, Dilma foi classificado como Não-Hodgkin. Esse gênero cancerígeno responde por 90% dos casos da patologia e atinge sobretudo pessoas com mais de 55 anos. Dilma retirou um tumor de 2,5 centímetros da axila esquerda. O linfoma encontrava-se no estágio mais inicial, apesar de agressivo, e a ministra não apresentava nenhum sintoma. O fato de ter sido caracterizado como agressivo constitui uma vantagem, pois significa que a sensibilidade à quimioterapia é maior, em virtude da exaustiva  atividade célular tumoral.

       Na maioria das ocorrências, não é possível definir o que causou o linfoma. Mas já são conhecidos alguns fatores de risco para o surgimento da doença. Os principais são: 
 -Sistema imune comprometido
 -Exposição química  
 -Exposição a altas doses de radiação.


Formação de Linfoma Não-Hodgkin 





Fontes:

 -MATASAR, J.M.; ZELENETZ, A.D. Overview of lymphoma Diagnosis and Management, Radiol Clin N Am. n. 46, p. 175–198, 2008.
- SÁNCHEZ, B.M. ET AL. Cell cycle deregulation in B-cell lymphomas. Blood. 2003; 101(4):1220-35.



Postado por Bruna Stéfany

Telomêros, telomerases e o Câncer

     Os telômeros são uma importante estrutura presente nas extremidades de todos os cromossomos humanos, ajudam na divisão celular evitando que haja uma perda demasiada de material genético, controlam esta mesma divisão dizendo para as células o momento correto em que se deve parar de reproduzir-se para envelhecer. Este envelhecimento celular acarretaria então em um encurtamento telomérico, levando a pessoa a ficar mais velha de maneira mais rápida e progressiva,este evento pode ser evitado pela ação da enzima telomerase .A enzima telomerase é classificada como transcriptase reversa, e composta por uma subunidade protéica que possui um componente interno de RNA, região molde para a ligação do DNA, que deveria participar na supressão de tumores, no entanto, com a diminuição da ação da telomerase, os cromossomos diminuem sua área na região dos telômeros  provocando o câncer e o envelhecimento. 



BASES GENÉTICAS E MOLECULARES DA TELOMERASE
     A telomerase é composta por um componente de RNA e outro componente protéico.o componente de RNA possui mais de 400 nucleotídeos que são capazes de complementar a seqüencia telomérica TTAGGG.já o componente protéico ajuda na síntese dos telomeros catalisando a adição dos desoxirribonucleotídeos na ponta dos cromossomos.
     O problema da replicação presente nas células cancerígenas:
     
  (Um) Quando as duas fitas de DNA se separam a enzima DNA-polimerase promove a montagem de cópias, usando cada uma delas como modelo. Mas essa enzima só atua de modo continuo em uma das fitas (seta azul). Na outra a síntese ocorre de forma descontínua (seta vermelha).
     (Dois) Na fita em que a replicação é descontínua, a atuação da polimerase depende da presença de seqüências curtas de RNA chamadas primers (iniciadores) . Com isso, são sintetizados fragmentos da nova fita, até a montagem completa.

     (Três) Outras enzimas removem os primers, após cumprirem sua missão, e preenchem os espaços vazios entre os fragmentos.

     (Quatro) No entanto, o primer situado na extremidade da fita replicada de modo descontínuo é removido mais o espaço não é preenchido, deixando uma falha (encurtamento).


Postado : Lucas Faria

http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/viewFile/122/68



            





quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mecanismo de mutagênese por ultravioleta

Radiação ultravioleta

Luz ultravioleta (UV) é toda radiação com comprimento de onda (λ) entre 10nm e 400nm, menores que os da luz visível, e é classificada em diversas categorias segundo a faixa de λ em que se encontra. A radiação solar que chega à Terra está principalmente entre 200nm e 2500nm, o que inclui radiação nas faixas do ultravioleta A, B e C.

- Ultravioleta A (UVA): de 400nm a 315nm. É a faixa de radiação emitida por lâmpadas de luz negra, muito utilizadas em algumas festas. Não causa dano direto aos cromossomos, porém, ela está relacionada com a desintegração de vitamina A e fibras de colágeno na pele.

- Ultravioleta B (UVB): 315nm a 280nm. É o principal indutor da síntese de vitamina D na pele, sendo este um dos maiores benefícios da exposição ao UVB, visto que a vitamina D apresenta um papel importante na regulação do metabolismo do cálcio. Entretanto, exposições prolongadas podem causar insolações, danos aos cromossomos e posteriores mutações.

- Ultravioleta C (UVC): 280nm – 100nm. É a forma de radiação ultravioleta mais perigosa emitida pelo sol, entretanto a maior parte é absorvida na atmosfera. Poucos minutos de exposição ao UVC são suficientes para causar queimaduras e danos celulares severos. É emitido, em conjunto com UVB, por lâmpadas utilizadas na esterilização de equipamentos.

Mecanismo de ação

As fitas de DNA são compostas por unidades denominadas nucleotídeos. Cada nucleotídeo é composto por uma base nitrogenada, uma pentose (ribose (RNA) ou deoxirribose (DNA)) e fosfato. As bases nitrogenadas podem ser purinas - adenina ou guanina - ou pirimidinas – timina, uracila (RNA) ou citosina (Figura 1). 

Figura 1. Estrutura geral dos nucleotídeos


Os raios ultravioleta são capazes de induzir a formação de dímeros de pirimidinas na sequência de nucleotídeos, sendo os dímeros de timina os mais comuns (Figura 2).
 Figura 2. Formação de dímeros de timidina pela incidência de UV.


A célula possui enzimas capazes de identificar e reparar estes problemas. Entretanto, a exposição prolongada à radiação ultravioleta causa a formação de uma quantidade muito grande de dímeros de pirimidina, ao ponto de que a maquinaria de reparo é mais capaz de lidar com o problema. Na maior parte dos casos, isso resulta na morte da célula, porém, pode ocorrer o silenciamento de alguns genes específicos no processo (como genes supressores de tumor), levando à formação de melanomas.

Fontes:
Alberts B, Johnson A, Lewis J, et al. Molecular Biology of the Cell. 4th edition. New York: Garland Science; 2002.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK26879/ 
http://www.spacewx.com/ISO_solar_standard.html
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Nucleotides_1.svg


Postado por Diogo César

terça-feira, 14 de junho de 2011

Vemurafenibe: uma ferramenta contra o câncer de pele

     Um estudo publicado pelo The New England Journal of medicine no dia cinco de junho deste mês compara os efeitos de uma nova droga chamada vemurafenibe e o tratamento convencional feito pelas drogas quimioterápicas comumente usadas. O primeiro ainda não foi aprovado pela Foods and Drugs Admisnistration (departamento americano de controle aos serviços humanos e de saúde).
     Dentre os 2107 pacientes escolhidos somente 675 possuíam o melanoma maligno com metástase e uma mutação gênica no oncongene BRAF com suas cadeias de polimerases ativas. Os pacientes foram divididos em dois grupos em que, um seria usado o novo medicamento e nos demais se manteria a medicação convencional. O resultado da pesquisa constatou que o medicamento possui um poder de 80% no aumento da taxa de expectativa de vida e 90% para se determinar a progressão do tumor. Terminado os seis messes de pesquisa também se chegou a conclusão de que em 84% dos pacientes que utilizaram a nova droga permaneciam vivos enquanto apenas em 64% dos submetidos ao tratamento conevencional sobreviveram, demonstrando uma enorme eficácia do remédio.
Introdução a patologia:
     Melanoma, também conhecido como câncer de pele, é um dos mais graves tipos desta enfermidade, pois possui um alto índice de possibilidade de se adquirir uma metástase. Ele possui origem nos melanócitos (células produtoras do pigmento da pele), e costuma ocorrer em pessoas que se expõem de maneira excessiva as radiações do sol.
melanona em seu estado inicial
     O melanoma surge como uma espécie de “verruga” (lesão escura) que aumenta de tamanho em extensão ou profundidade, com alteração no pigmento da camada superficial da pele e posteriormente acarretando em ulcerações na região, sangramento e sintomas como coceira dor e inflamação. Esta inflamação deve ser logo tratada no inicio, pois nesta localização ainda não há proliferação de células tumorais e a retirada completa do tumor ainda possui altos índices de cura.Quanto mais profunda e espessa for a lesão mais grave o cancer é ,pois se aumentam os riscos de metástases para outras regiões do corpo.Uma estimativa feita em 2008 pelo INCA(Instituto Nacional do Câncer) previa que apareceriam 2.950 casos novos em homens e 2.970 casos novos em mulheres no Brasil e que a região mais afetada seria a região sudeste.

Fontes:
Postado:Lucas Faria

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ALIMENTOS PARA COMBATER O CÂNCER


  
     "El extracto de granada contiene sustancias que favorecen la acción antitumoral. Una investigación realizada en la Universidad de Porto, Portugal y publicado en J. Agric. Food Chem. 2010 revela que la antocianina difenólica cianidina-3-glucósido (Cy3Glu) y la trifenólica delfinidina-3-glucósido (Dp3Glu) que se encuentra en la granada tiene acción antitumoral."

     “Extrato de romã, contém substâncias que melhoram a atividade antitumoral. Pesquisa realizada na Universidade do Porto, em Portugal e publicado em J. Agric. Food Chem 2010 revela que a antocianina cianidina-3-diphenolic glicosídeo (Cy3Glu) e triphenols delfinidina-3-glucosídeo (Dp3Glu) que se encontra no romã tem ação antitumoral.”
 http://www.rtvcyl.es/Noticia/650E6BAD-0964-8B99-29EE14958A0ECC72/extracto/granada/cancer/mama

ALIMENTOS PARA COMBATER  O CÂNCER


     Nossa dieta é o fator mais importante para reduzir a probabilidade de desenvolvermos câncer. Muitos estudos descobriram que pessoas com câncer têm baixa quantidade de antioxidantes. 
      Vitaminas, minerais e alimentos integrais são antioxidantes que previnem ou neutralizar os radicais livres, protegendo as células contra os danos.
       
      Aqui estão alguns dos alimentos em destaque:

    
Uva preta: Contém  ácido elágico e resveratrol, possui propriedades anticancerígenas.

Azeite de oliva extra virgem: Antioxidantes fenólicos. Diminui o risco de câncer de mama e de pulmão.
Tomate: Apresenta o antioxidantes mais poderosos é o licopeno,seu   corante é capaz de prevenir a ocorrência  de tumores cancerígenos em grande parte do corpo.
Cenoura:  Antioxidante que nos protege da aparição do câncer.
Shii-take cogumelo: Em processos do fígado, estimula a formação interferon (proteína relacionada com a defesa), impede tumor ou impedir o crescimento de tumores.
Cebola: Potente anticancerígeno.
Alcachofra: Possui uma  substancia eficaz na prevenção do câncer de mama e câncer de cólon a inulina.
Soja: Contém isoflavonóides, como a genisteína que inibe o crescimento de células de câncer, como o câncer de próstata e câncer de mama.
A graviola: Suas cascas e folhas são ricas em alcalóides, úteis para a segmentação de tumores.
Alho: Possui mais de 40 compostos anticancerígenos que inibem o crescimento das células que podem se tornar câncer.





BÉLIVEAU, Richard; GINGRAS, Denis. Os alimentos contra o câncer: a prevenção e o tratamento do câncer pela alimentação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007


Postado por Ariane Santos. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Metástase

O mecanismo complexo pelo qual o câncer se espalha pelo corpo é conhecido como metástase. É, por definição, o crescimento neoplásico à distância, sem dependência ou continuidade do foco primário. Cerca de 90% das mortes por câncer são ocasionadas por neoplasias que se espalham pelo corpo.


Por mecanismos ainda desconhecidos, as células neoplásicas em vez de se manterem unidas, se desprendem, e caem na corrente sanguínea ou linfática. A partir daí elas circulam pelo corpo. A maioria dessas células morre, de maneiras diversas, que podem ser: simplesmente serem incapazes de sobreviver “flutuando” na corrente sanguínea, serem danificadas ao colidir com as paredes dos vasos ou passar por espaços muito pequenos, morrendo a seguir, ou serem reconhecidas por células do sistema imune e destruídas, e etc.



       Como e onde as células em trânsito param é diferente para variados tipos de câncer. Quando elas finalmente param, deixam o meio em que eram transportadas e invadem o tecido adjacente ao vaso. Isso nem sempre ocorre, e mesmo que a célula neoplásica consiga chegar a um novo tecido ela ainda pode morrer ou falhar em se reproduzir. Mas se o novo ambiente for vantajoso, a célula recém-chegada começará a crescer e se reproduzir, formando um novo tumor.


Fontes: 
Alberts, Johnson, Lewis, Raff, Roberts, Walter; Biologia Molecular da Célula, 5a Edição
Keith Moore, Arthur Dalley; Anatomia Orientada para Clínica
http://biocarthagenes.blogspot.com/2011/04/neoplasias-e-metaplasias.html

Postado por Antonio Kotovicz

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Metástase e angiogênese

                A capacidade de tumores malignos de entrar em metástase representa um dos maiores riscos para a saúde dos indivíduos portadores de câncer, pois através deste processo os tumores podem se espalhar para qualquer parte do organismo por meio dos vasos sanguíneos ou linfáticos.

                Células cancerosas em rápida divisão frequentemente formam tumores de grande diâmetro. Ao atingirem cerca de 1 a 2 milímetros de diâmetro, as células tumorais começam a apresentar dificuldade em adquirir oxigênio e nutrientes. Nestas condições, estas células passam a secretar uma grande quantidade de fatores de crescimento, como os da família VEGF (Vascular Endothelial Growth Factor, ou Fator de Crescimento Endotelial Vascular)

Estrutura cristalográfica do VEGF-A

                 As células dos capilares vasculares possuem receptores para o VEGF, e ao se ligarem ao fator, uma cascata de reações intracelulares é ativada desencadeando sua divisão, migração e organização na forma de novos capilares sanguíneos. A este processo é dado o nome de angiogênese.

Cascata de sinalização que leva à angiogênese.

                Embora aconteça em condições naturais no organismo, este é um processo de especial importância na progressão de tumores malignos, e um dos eventos críticos na ocorrência de metástase. Além disso, sem a formação de novos vasos sanguíneos, os tumores dificilmente atingem tamanhos maiores que 2mm de diâmetro em função dos défcits nutricionais pelos quais passam as células em ploriferação. Por este motivo diversas pesquisas estão sendo feitas com o objetivo de se entender melhor os fatores envolvidos na angiogênese para que se possa desenvolver maneiras de bloqueá-los.



Fontes: 
Alberts, Bray, Hopkin, Johnson, Lewis, Raff, Roberts, & Walter. Essential Cell Biology, 3rd Edition
http://www.cancer.gov/cancertopics/understandingcancer/angiogenesis
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Protein_VEGFA_PDB_1bj1.png

Postado por Diogo César


terça-feira, 7 de junho de 2011

Carcinogênese: O começo da patologia

     
       A Carcinogênese é o processo de formação do câncer. Inicia-se com a exposição de células do organismo a agentes carcinógenos.  A proliferação tumoral é lenta e ocorre em etapas.
     O processo se inicia quando células normais sofrem mutações por agente cancerígenos. Os agentes podem ser algum tipo de vírus, radiação ou agentes químicos. Esses fatores podem modificar uma célula e toda sua organização. Os agentes cancerígenos são de três tipos:
Agente oncoiniciador: Provoca o dano em células, diretamente. É o agente iniciador do câncer. Um exemplo é o benzopireno, um dos componentes da fumaça do cigarro.
Agente oncopromotor: Transforma células iniciadas em malignas.
Agente oncoacelerador: Multiplica descontroladamente células já iniciadas. Participa do estágio final do processo. 
     A Carcinogênese ocorre em etapas. Primeiro, há um estágio de iniciação, onde os agentes cancerígenos provocam modificações nos genes. As células se encontram, então, genéticamente alteradas (sendo ditas anormais ou iniciadas), mas dificilmente já constituem um tumor. Depois, há um estágio de promoção. As células sofrem os efeitos dos agentes carcinógenos e, ao serem efetivamente afetadas, se tornam  células malignas em virtude de terem sido submetidas a um longo período de exposição ao agente em questão. Em seguida, há o estágio de progressão, onde ocorre a multiplicação descontrolada das células contaminadas. A multiplicação é irreversível e se estende até a manifestação clinica da doença, essa expansão clonal modifica também tecidos adjacentes  às células modificadas; estas(células alteradas), após determinado tempo, podem se empilhar umas sobre as outras, formando o famoso tumor.
     As células modificadas começam a ter comportamentos anormais ao multiplicarem-se desgovernadamente, podendo  chegar a invadir os tecidos em sua volta, e podendo fazer com que estes tenham suas funções drasticamente afetadas ou até mesmo perdidas. Podem também chegar a vasos linfáticos e sanguíneos, o que permite sua disseminação a órgãos distantes. Esse processo é  denominado metástase e constitui o estágio mais grave da patologia. 
     Na etapa inicial citada anteriormente, o indivíduo possui apenas um tumor, mas após a instituição  da chamada metástase já temos uma fase consideravelmente avançada do câncer, exigindo tratamento imediato.


                                             
(Células anormais pré cancerosas. Câncer localizado. Câncer regional. Metástase)


Fontes:
Lehninger, A L.; Nelson, D. and Cox, M. M., Principles of Biochemistry, 5nd edition, Worth Publishers.

Postado: Lucas Faria


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Câncer: Definição e Funcionamento Geral



     Câncer , ou tumor maligno, se caracteriza por um proliferação anormal e descontrolada de células que, por algum motivo,  perderam seu controle funcional   sobre o crescimento celular e sobre determinadas atividades celulares específicas ou gerais ocasionando a invasão de tecidos e órgãos.
     As células normais possuem uma orientação natural a seguir durante seu processo de desenvolvimento, maturação e  multiplicação. Essa orientação é determinada por um conjunto de moléculas informacionais contidas no núcleo celular (o DNA) a partir do qual são também produzidas famílias de fatores de crescimento extracelulares, proteínas que induzem células em intérfase a se dividirem e diferenciar-se. O DNA possui um código bioquímico-molecular intrínseco composto por unidades transcricionais denominadas genes. Os genes codificam nossa identidade genética e contém todas as informações necessárias para que a vida celular possa prosseguir normalmente. No entanto, fatores externos (fatores ambientais), internos (fatores genético-fisiológicos) ou ainda  a associação de ambos podem causar alterações (mutações) em regiões  do DNA que eventualmente contenham genes importantes no processo de controle da divisão celular assim como regiões genômicas reguladoras de  morte celular programada. E é exatamente quando uma ou mais células de determinado tecido são afetadas nessas regiões de controle (não sendo capazes de reparar o dano causado) é que potencialmente se inicia o desenvolvimento de um tumor. É importante ressaltar também que mais de uma mutação faz-se necessária para causar a desregulação total da divisão celular e progresso da doença supracitada.
     
    Quanto aos tumores, estes podem ser classificados em duas categorias gerais: os tumores benignos e os tumores malignos. Os tumores benignos não possuem a capacidade de se dispersar para outras regiões corpo, porém também exigem cuidados e tratamento adequado por se tratarem, assim como outros gêneros de tumores, de alterações celulares anormais. Já os tumores malignos perdem a limitação regional característica de tumores benignos podendo espalhar-se  por diversas regiões do corpo, o que é denominado metátase e constitui o    principal fator indicativo, embora não único, de diagnóstico do chamado Câncer. 



Fontes:

Lehninger, A L.; Nelson, D. and Cox, M. M., Principles of Biochemistry, 5nd edition, Worth Publishers.
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322
http://www.hcanc.org.br/index.php?page=12



Postado por Bruna Stéfany

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Apresentação


Seja muito bem vindo ao nosso Blog de Bioquímica do Câncer!

     Nosso intuito é lhes informar e atualizá-los, da melhor maneira, sobre essa eminente patologia que aflige muitas pessoas mundo afora. O foco principal de nossa abordagem dirá respeito, principalmente, aos aspectos bioquímicos que envolvem o metabolismo multifatorial de desenvolvimento e de possíveis tentativas de inibição da doença.

     Este blog é produzido por alunos de medicina da Universidade de Brasíla (UnB), somos um grupo de 5 alunos, a saber: Antônio, Ariane Nayara, Bruna Stéfany, Diogo César e Lucas. Temos por tutora Letícia Cortês e como orientador oncológico o Dr. Luís Sakamoto.

     Nos encontaremos em breve com as mais diversas informações sobre o interessante mundo da Bioquímica do Câncer.

     Até logo!